fobias

O que são fobias infantis e como tratá-las?

As fobias infantis são medos intensos, persistentes e irracionais que afetam a vida de uma criança. Então, elas são mais do que simples preocupações, são respostas emocionais exageradas a elementos que, de outra forma, não representam perigo real. 

Quais são as causas das fobias infantis?

Elas podem ser desencadeadas por uma variedade de fatores, que vão desde influências genéticas até experiências traumáticas. Dessa forma, é importante compreender esses fatores para identificar e tratar adequadamente.

Fatores genéticos e hereditários

Elas podem ter uma base genética, com predisposição herdada dos pais. Então, estudos mostram que crianças com pais que sofrem de fobias têm uma maior probabilidade de desenvolver medos semelhantes. 

Isso pode ocorrer, portanto, devido a uma combinação de fatores biológicos e comportamentais.

Pontos-chave sobre fatores genéticos:

  • predisposição hereditária;
  • ambiente familiar.

Experiências traumáticas na infância

Experiências negativas ou traumáticas na infância, como ser atacado por um animal ou ficar preso em um lugar fechado, podem desencadear esses medos. 

Essas experiências ficam profundamente enraizadas na mente da criança. Assim, resultam em medos persistentes que podem durar até a vida adulta se não forem tratados.

Ambiente familiar e estilo de vida

O ambiente em que a criança cresce também desempenha um papel significativo no desenvolvimento desses medos. 

Crianças criadas em ambientes muito protetores ou repressivos podem, então, ser mais propensas a desenvolver essas condições. 

A exposição constante a situações de alto estresse e, além disso, a observação de comportamentos ansiosos em outros membros da família também podem contribuir.

Influências do ambiente familiar:

  • superproteção: pode impedir a criança de enfrentar medos normais de forma saudável;
  • estresse contínuo: exposição regular a tensões familiares pode intensificar medos específicos.

Como identificar fobias em crianças?

Esse processo é desafiador, afinal, muitos sintomas podem se confundir com medos comuns. No entanto, algumas características específicas podem ajudar a diferenciar uma fobia de um medo temporário.

Sinais e sintomas físicos

As crianças com fobia frequentemente exibem sintomas físicos quando confrontadas com o objeto ou a situação que desencadeia o medo. 

Esses sintomas podem incluir, portanto, palpitações, sudorese, tremores, e, ainda mais, mesmo crises de pânico em casos mais severos.

Principais sintomas físicos:

  • palpitações e sudorese: sinais de ansiedade infantil intensa;
  • tremores e choro: respostas comuns ao enfrentamento de um estímulo fóbico.

Comportamentos comuns em crianças com fobias

Além dos sintomas físicos, as crianças com fobia podem mostrar comportamentos de evitação. Dessa forma, se recusam a enfrentar a situação ou objeto que causa o medo. 

Elas podem também exibir dependência excessiva de adultos ou mostrar reações exageradas que não condizem com a situação real.

Comportamentos de alerta:

  • evitação constante: a criança faz de tudo para não enfrentar o medo;
  • apego excessivo: busca constante por proteção dos pais ou cuidadores.

Diferença entre medo comum e fobia

O medo comum é uma resposta natural a situações desconhecidas ou perigosas. No entanto, a fobia é um medo desproporcional e persistente que interfere nas atividades diárias da criança. 

Diferenciar entre medo e fobia é crucial para determinar se a intervenção profissional é necessária.

Diferenças principais:

  • intensidade e duração: fobias são mais intensas e persistentes;
  • interferência na vida diária: fobias afetam significativamente a rotina da criança.

Quais são os tipos mais comuns de fobias infantis?

As crianças podem desenvolver vários tipos, como a fobia de animais. No entanto, isso depende de suas experiências e predisposições. Ainda mais, algumas são mais comuns durante a infância e podem ter um impacto no desenvolvimento da criança.

Fobia de animais (Zoofobia)

É o medo extremo de animais e pode variar desde o medo de insetos até o medo de cães ou gatos. Assim, crianças com zoofobia podem evitar espaços abertos ou até mesmo parques para não arriscarem encontrar um animal.

Aspectos importantes da zoofobia:

  • comum em crianças pequenas: especialmente em ambientes urbanos;
  • impacto no lazer: limita atividades ao ar livre e interações sociais.

Fobia de espaços fechados (Claustrofobia)

A claustrofobia, o medo de espaços confinados, também pode se manifestar na infância. Então, este medo pode ser desencadeado por experiências como ficar preso em um elevador ou em uma sala pequena. 

Crianças com claustrofobia evitam situações onde possam sentir-se presas. Dessa forma, isso limita sua participação em atividades escolares e sociais.

Consequências da claustrofobia:

  • evitação de espaços fechados: dificuldade em participar de algumas atividades escolares;
  • ansiedade constante: medo de ficar preso em situações do dia a dia.

Fobia social (Sociofobia)

A fobia social, ou sociofobia, é caracterizada pelo medo intenso de situações sociais ou de ser avaliado negativamente por outras pessoas. 

Crianças com fobia social podem evitar interações com colegas, participar de eventos escolares ou falar em público. Então, isso afeta o seu desenvolvimento social e acadêmico.

Impactos da fobia social:

  • isolamento social: evitação de interações com colegas;
  • dificuldade acadêmica: medo de participar de atividades em grupo.

Quais são os tratamentos mais eficazes para fobias infantis?

Existem vários métodos eficazes que podem ser utilizados, como a terapia. No entanto, isso depende da gravidade da fobia e das necessidades individuais da criança.

Terapia cognitivo-comportamental

É um dos tratamentos mais eficazes para fobias infantis. Então, esta abordagem ajuda a criança a identificar e modificar os pensamentos negativos e os comportamentos que mantêm o medo. 

Através da TCC, as crianças aprendem técnicas de enfrentamento para, assim, lidar com o objeto ou situação que provoca a fobia.

Benefícios da TCC:

  • mudança de padrões de pensamento: ajuda a reestruturar pensamentos irracionais;
  • desenvolvimento de estratégias de enfrentamento: ferramentas para lidar com a ansiedade.

Terapia de exposição gradual

A terapia de exposição gradual envolve expor a criança de maneira controlada e progressiva ao objeto ou situação que provoca a fobia. Dessa forma, o objetivo é dessensibilizar a criança ao medo, reduzindo gradualmente sua resposta ansiosa.

Passos na terapia de exposição:

  • exposição gradual: início com exposições menos ameaçadoras;
  • monitoramento e apoio: acompanhamento próximo para garantir o sucesso.

Uso de medicamentos em casos específicos

Em casos mais graves, onde a fobia impede muito a vida da criança, o uso de medicamentos pode ser considerado. 

Ansiolíticos ou betabloqueadores podem, portanto, ser prescritos para aliviar os sintomas físicos de ansiedade. No entanto, essa abordagem é geralmente usada como complemento à psicoterapia.

Considerações sobre o uso de medicamentos:

  • intervenção complementar: geralmente usado com a psicoterapia;
  • gestão de sintomas: alivia sintomas físicos de ansiedade intensa.

Perguntas frequentes sobre fobias infantis – FAQ 

Confira as dúvidas mais frequentes sobre esse assunto.

Quais são as fobias mais comuns em crianças?

As mais comuns incluem medo de animais, medo de escuro e, além disso, medo de separação dos pais.

A terapia cognitivo-comportamental funciona para todas as fobias?

É uma das terapias mais eficazes para o tratamento dessas condições.

Quanto tempo leva para tratar uma fobia infantil?

O tempo de tratamento pode variar. No entanto, muitas crianças mostram melhora significativa em algumas semanas a meses de terapia.

Como posso ajudar meu filho em casa a enfrentar sua fobia?

Apoiar a criança com compreensão e encorajá-la a enfrentar seus medos de forma gradual pode ajudar muito.

Scroll to Top