A disortografia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de escrever corretamente. Assim, veja como ela se manifesta, suas causas e, principalmente, como ela pode ser tratada para minimizar seus impactos na vida escolar.
Índice de Conteúdo
O que é disortografia e como ela se manifesta?
É um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de uma pessoa de escrever da maneira correta. Então, essa condição se manifesta principalmente pela dificuldade em aplicar regras gramaticais, ortográficas e sintáticas durante a escrita.
Embora não esteja relacionada à falta de inteligência, ela pode impactar o desempenho escolar e, além disso, a autoestima do aluno.
Diferenças entre disortografia e disgrafia
A disortografia e a disgrafia são frequentemente confundidas. No entanto, envolvem desafios distintos no processo de escrita.
A primeira, então, é caracterizada pela dificuldade em aplicar as regras de ortografia, resultando em erros como trocas de letras, omissões e inversões.
A disgrafia, por outro lado, está relacionada à dificuldade motora de formar letras e palavras, resultando, assim, em uma escrita ilegível e desorganizada.
Principais sinais e sintomas da disortografia
Os sinais podem variar, mas alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- erros ortográficos frequentes;
- dificuldade em organizar o texto;
- inconsistências na escrita.
Como identificar a disortografia na sala de aula
Identificar isso na sala de aula pode ser um desafio. No entanto, educadores devem estar atentos aos seguintes indicadores:
- dificuldade persistente em aprender as regras ortográficas;
- erros de escrita que não se explicam por desatenção ou falta de esforço;
- resistência a atividades de escrita e leitura.
Quais são as causas da disortografia?
As causas ainda não são completamente compreendidas. No entanto, sabe-se que envolvem uma combinação de fatores genéticos, neurológicos e ambientais.
A condição pode, além disso, ocorrer isoladamente ou em conjunto com outros transtornos de aprendizagem, como a dislexia e a disgrafia.
Fatores genéticos e neurológicos
Pesquisas indicam que ela pode ter uma base genética, sendo mais comum em famílias com histórico de transtornos de aprendizagem.
Estudos neurológicos sugerem, além disso, que a ela pode estar associada a diferenças no desenvolvimento das áreas cerebrais responsáveis pela linguagem e pela coordenação motora fina.
Relação com outros transtornos de aprendizagem
Ela coexiste com outros transtornos, como a dislexia e a disgrafia. Assim, isso pode complicar o diagnóstico e o tratamento.
Essas condições compartilham características comuns, como dificuldades na leitura e na escrita. Mas, cada uma possui desafios específicos que precisam ser abordados de maneira individualizada.
Como a disortografia impacta o desenvolvimento escolar?
O impacto no desenvolvimento escolar é significativo, afetando não apenas o desempenho acadêmico, mas também a autoestima e a motivação do aluno.
A dificuldade em escrever corretamente pode levar a frustração, ansiedade e, ainda mais, ao desinteresse pelos estudos.
Dificuldades na aquisição da escrita e leitura
Crianças com essa condição enfrentam grandes desafios na aquisição da escrita. Então, isso pode atrasar o aprendizado em outras áreas.
A dificuldade em escrever corretamente pode levar a uma compreensão deficiente do conteúdo. Afinal, a escrita é fundamental para o desenvolvimento de habilidades críticas de leitura e interpretação de texto.
Efeitos emocionais e sociais
Além das dificuldades acadêmicas, ela pode ter um impacto emocional e social significativo. Assim, alunos com esse transtorno muitas vezes enfrentam baixa autoestima e ansiedade.
Isso devido à constante frustração com suas dificuldades de escrita. Dessa forma, essa situação pode levar ao isolamento social e à relutância em participar de atividades escolares que envolvam leitura e escrita.
Estratégias para apoiar alunos com disortografia na escola
Para apoiar alunos, é essencial adotar estratégias que tornem o aprendizado mais acessível e menos frustrante. Assim, algumas dessas estratégias incluem:
- uso de tecnologias assistivas, como softwares de correção ortográfica;
- adaptação das atividades de escrita;
- trabalho conjunto com fonoaudiólogos e psicopedagogos.
A disortografia tem cura?
Embora ela não tenha uma cura no sentido tradicional, é possível tratar e gerenciar o transtorno com intervenções adequadas.
A chave para minimizar seus impactos, então, é a intervenção precoce e o suporte contínuo ao longo do desenvolvimento da criança.
Tratamentos disponíveis e intervenção precoce
O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir:
- fonoaudiologia, para trabalhar as dificuldades de linguagem e ortografia;
- psicopedagogia, para desenvolver estratégias de aprendizagem personalizadas;
- terapia ocupacional, para melhorar a coordenação motora fina e a legibilidade da escrita.
A importância do acompanhamento multidisciplinar
O sucesso no tratamento do transtorno depende do trabalho conjunto de uma equipe de profissionais. Então, isso inclui professores, fonoaudiólogos, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais.
Esse acompanhamento, portanto, deve ser contínuo e adaptado às necessidades específicas do aluno. Dessa forma, garante-se que ele receba o suporte necessário para desenvolver suas habilidades de escrita e superar os desafios.
Perguntas frequentes sobre disortografia – FAQ
Fique agora com as principais dúvidas sobre o assunto.
A disortografia pode ser diagnosticada precocemente?
A identificação precoce é possível e crucial para o sucesso do tratamento.
Quais profissionais podem ajudar no tratamento da disortografia?
Fonoaudiólogos, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais estão entre os especialistas que podem auxiliar.
A disortografia afeta apenas a escrita?
Principalmente, mas também pode impactar a leitura e a organização do pensamento.
Existe uma idade ideal para iniciar o tratamento da disortografia?
Quanto mais cedo o tratamento começar, melhor serão os resultados para o desenvolvimento escolar.
Disortografia e dislexia são a mesma coisa?
Apesar de estarem relacionadas, são transtornos diferentes com características específicas.