Especialistas incentivam as famílias a educar os filhos sem violência e alertam sobre os perigos do castigo físico, ação que ajuda os pequenos a mudarem seus atos de forma saudável.
Alguns estudos comprovaram que agressões, gritos, tapas e humilhações tornam as crianças mais violentas, além de terem a capacidade cognitiva e a autoestima abalados. Veja então como educá-los da melhor maneira.
Índice de Conteúdo
Educar os filhos sem violência é possível?
Mesmo entre os pequenos, a violência gera violência. As palavras negativas ou as agressões verbais têm o poder de acarretar grandes consequências psicológicas na vida das crianças, as quais podem ser sérias e prolongadas.
No objetivo de educar os filhos sem violência, a conversa é a melhor opção. Os pais precisam ser firmes no que falam. Eles devem aprender que existem regras que devem ser cumpridas, até mesmo pelos próprios pais, uma vez que o exemplo é mais eficiente do que as palavras.
A consistência e a paciência são importantes nesse processo, já que desafiar as regras faz parte do mundo infantil. O entendimento de que as normas devem ser seguidas é de extrema necessidade.
Quando as crianças tiverem consciência das ordens estabelecidas por pai e mãe, a educação no lar é estabelecida sem precisar recorrer a agressões físicas ou verbais.
9 dicas para educar os filhos sem violência
Primeiramente, é notório observar que para alguns, isso pode ser um grande desafio. Então, para ter noção de como lidar com os pequenos no dia a dia, segue abaixo algumas orientações.
1 – Proteja seu filho
Filhos pequenos gostam de explorar o ambiente e podem se machucar ou quebrar algum objeto. Dessa forma, ao invés de gritar com a criança para que ela se afaste do “perigo”, evite esse cenário colocando os itens “de risco” fora do alcance delas.
2 – Explicar as consequências das atitudes é essencial para educar os filhos sem violência
Com firmeza e calma, é necessário explicar aos pequenos as consequências de cada ato. Por exemplo: “se não guardar os brinquedos agora, não poderá brincar com eles depois”.
É importante que os pais mostrem que sempre é possível se desculpar e consertar o dano causado, a fim de a criança controlar melhor as suas emoções e não repetir aquele comportamento de novo.
3 – Ter um “cantinho do pensamento”
Ter um tempo para se acalmar é importante para os pequenos, pois os ensina a fazer uma reflexão sobre um mau comportamento.
Ao ter um “cantinho do pensamento”, a criança entende o motivo dela estar indo para esse local. Assim, ela perceberá que foi desobediente.
Segundo especialistas, a duração dessa medida deve ser de um minuto por idade. O excesso de tempo pode gerar estresse nas crianças e ter efeitos negativos.
Uma boa medida é estimular a criança a analisar o tempo necessário para a reflexão. Essa ação pode gerar confiança e responsabilidade nelas, criando uma maturidade sobre as consequências de seus maus comportamentos.
4 – Estar atento a um possível confronto faz parte de educar os filhos sem violência
Seja uma questão de autoridade ou de amizade, os conflitos na relação entre pais e filhos ultrapassam gerações. Na maioria das situações, a origem dos problemas é a dificuldade de comunicação dentro de casa e a falta de confiança nas relações.
Os filhos pensam que os pais só querem proibir e esses acham que os menores de idade só querem ser do contra.
Esse obstáculo no diálogo se configura como a principal dificuldade tanto para os pais em efetivar a autoridade em determinadas situações, quanto dos filhos em expor os seus sentimentos e suas opiniões sobre algo.
O resultado disso são brigas e cobranças que impossibilitam o respeito em família. Pois, na tentativa de expor seus pensamentos, as crianças mostram-se inquietas e, muitas vezes, agressivas
Sendo assim, os pais devem estar conscientes dos possíveis motivos dos filhos estarem se comportando de maneira errada, isso facilita ações previsíveis e reações mais controladas, calmas e firmes, sem necessidade de medidas precipitadas, como a violência.
5 – Reforçar comportamentos positivos é essencial para educar os filhos sem violência
É comum que as críticas sejam destacadas para demonstrar os erros que as crianças cometeram, mas não funciona somente criticar e expor o que foi errado na situação.
Reforçar as boas ações pode fazer mais efeito do que os castigos e repreensões, o elogio quando ela fizer algo certo é indispensável. Dessa forma, a chance dele se sentir valorizado e ter vontade de continuar tendo boas atitudes é grande.
Os pais devem evitar ao máximo dar atenção somente no lado negativo de cada ação e passar a valorizar mais as positivas.
6 – Crie regras claras
Todas as normas devem ser explicadas com clareza aos filhos no intuito de evitar discussões por falta de entendimento sobre alguma regra.
7 – Ouça seu filho
Ter um diálogo e dar um tempo para o filho expor sua opinião sobre alguma atitude é fundamental na relação familiar. Assim, se a má ação continuar, é preciso tentar raciocinar com ele antes de lhe dizer quais as consequências dela.
8 – Dê consequências lógicas
Por exemplo, se seu filho bateu em alguém, é necessário mostrar a criança que o outro sentiu dor e reparar o dano com uma boa ação, bem como um sincero pedido de desculpas.
9 – Mostre respeito pela criança
Separe um momento para conversar e saber quais problemas ela tem enfrentado, mostrando que ela é especial.
Seja um exemplo
As crianças absorvem a maioria das atitudes dos pais, por isso é fundamental que eles deem bons exemplos durante o dia a dia.
